Imaginem um lugar sem limites. Imagine um lugar onde você se esconde sem ser descoberto iminentemente. Imagine um lugar onde nada é ululante. Agora, pare de ler, e olha ao redor deste texto. Olhou?
Várias coisas nos fazem brigar com a vida. Ficar de cara fechada. Uma briguinha com o namorado, uma discussãozinha boba (mas que foi “a gota” pra quem discutiu), uma palavra que não queríamos ouvir. Enfim, diversos motivos nos fazem ficar realmente de cara feia para o mundo. Bom, na vida social de verdade, não podemos contar com muitas pessoas, temos que fingir, forjar sorrisos, ser simpáticos, e esconder a tal da cara feia. Existe, no entanto um lugar em que podemos ser – ou seria essa apenas uma premissa? - tudo aquilo que queremos ser, talvez sem máscaras, sem sorrisos ou simpatia forjados. Um lugar onde você pode, como uma amiga acaba de me explicar o motivo do símbolo que ela utilizou no MSN dela, “expressa(r) como eu me sinto no momento”.
Todos nós achamos na Internet uma fuga. Amigos virtuais, e até mesmo, por que não, amores virtuais, que podem terminar em casamentos reais. Na Internet não temos pudores, temos, até mesmo mais de uma personalidade. Eu por exemplo, no meu Orkut, sou o simpático cidadão, o “colega de escola”, já no MySpace, ou até mesmo no meu blog, faço a linha “conectado com o mundo”, mais desencanado e mais sincero, dizendo o que penso. Hoje em dia todo mundo anda conectado na Internet, seja em salas de bate papo, que eu frequento e gosto, seja em sites de relacionamento, ou até mesmo através do mundo vasto dos blogs, que vem revelando verdadeiros talentos ao longo dos anos (poucos anos, no Brasil).
Cria-se então, uma responsabilidade com o que, a principio, seria mais uma opção de lazer, dentro de casa. Só eu tenho que memorizar, agora com este blog, cerca de (Orkut, Tumblr, Twitter, MySpace, Uai, Gmail, MSN, Flickr, Yahoo!Mail, Hi5, PhotoBucket, Last Fm, Blogger... ufa!) treze nomes de usuários e senhas. O que não deixa de ser complicado. Pensam que tenho muita coisa? Ainda falta uma infinidade de Sites onde posso fazer cadastro. Como o FaceBook, uma espécie de Orkut dos gringos. Tá difícil decorar tudo? Faz um cadastro no meadiciona.com onde você coloca tudo o que você tem por aí. Olha o meu.
No entanto muitas pessoas se esquecem de que têm uma vida aqui fora, se dedicam demais aos sites, aos flogs e blogs, aos sites de relacionamento (as pessoas expõem literalmente suas vidas no Orkut e em hospedeiros de fotos como o Flickr) ao MSN, e se esquecem de que há uma vida de fato aqui de fora, esperando por elas com inúmeras atividades que vão além de ficar sentado na frente do computador. Muitos adolescentes se ‘acham’ ou encontram grupos sociais que expressam seus pensamentos e ideias, e não querem mais sair daquele mundo. Criamos, quando nos conectamos, um mundo paralelo, onde os pais não têm vez, onde amigos de carne e osso são intrusos e a palavra “limite” está longe de ser cogitada, ao menos.
Tudo bem que o universo por trás dessa tela, plana, convexa, LCD ou não, é fascinante, nos permite evoluir e tudo o mais, mas não há nada melhor do que se reunir com algumas pessoas, dar umas belas risadas, trabalhar e, ainda sim, encontrar tempo para navegar, criar e escrever, na internet é claro. Não é a toa que no Orkut muitas pessoas tem preferido o “orkuticídio”à continuar nele (eu ainda prefiro continuar, mas o meu perfil está descrito atualmente “procurando um motivo para não deletar isso aqui em uma semana”). E termino este post com um perfil curioso de alguém que cometeu orkuticídio (cuja alcunha é Lua):
“Puxa, não podem me acusa de não ter tentado, mas ainda sinto falta de uma boa conversa sobre nada e tudo ao mesmo tempo, num ambiente legal, não em frente ao PC”.
Obrigado a todos pela oportunidade de adentrar neste blog. Pra mim será, e está sendo um prazer enorme. Espero atender sempre às expectativas. Meu nome é César Augusto, e atendo pela alcunha de La Critique. Meu blog pessoal é esse. Tenho 17 anos, pra quem gosta de saber. Meus contatos são esses.
E só.
